sábado, 31 de janeiro de 2009

ACAUTELAR-SE PARA EVITAR O PIOR

Para garantir á saúde, ou melhor, para evitar as agressões das doenças e ter a energia necessária para enfrentar e superar as que não podem ser evitadas, não é suficiente escolher a opção - ou opções - mais simpáticas ou agradáveis entre as sete metodologias preventivas expostas, mas assumir todas elas porque, ou se investe na saúde fazendo um seguro total, ou é melhor deixar como está e correr atrás dos prejuízos assim que eles chegam, rezando para que um dos “abalroamentos” não cause perda total. Na contra mão destas verdades, infelizmente, existem as conceituações que no tempo floresceram e se arraigaram nos seres humanos, em outras palavras, os “vícios culturais”. Estes se solidificaram tanto nos últimos decênios que hoje são quase inexpugnáveis.
Estas “verdades”, no entanto, são amplamente discutíveis, porque como já dissemos, a distancia que separa a verdade da mentira é muito, muito menor mesmo, do espaço que aparta o saber do insaber, mesmo se este “saber” é contido nos livros que são utilizados para preparar os jovens a serem profissionais.
Esse aspecto, no entanto, será superado no tempo, porque a ignorância pode ser comparada a uma longa noite escura, uma vez que esta, por mais longa que pareça ser, sempre finda ao raiar do dia que a sucede.
Mesmo porque como já vimos, e ainda veremos, os maiores riscos das enfermidades não se esgotam nelas mesmas, mas se ampliam e se exacerbam ao longo dos tratamentos médico-hospitalares.

A pesquisa medica encontra-se em um ponto crucial, porque os velhos métodos experimentais não conseguem resolver o problema criado pelas principais enfermidades causadoras de morte. Assim, com o objetivo de vencer as principais patologias, os pesquisadores continuam desenvolvendo novas tecnologias e estas exigem que os médicos as estudem, que freqüentem congressos para discuti-las, e para se instruírem no que diz respeito aos novos enfoques clínicos. Os médicos que não fizerem isso, por conseqüência, não são confiáveis.
Cardiopatia – o Killer numero um.
A maior contribuição para a compreensão desta cardiopatia foi descobrir que a enfermidade pode ser praticamente eliminada através do controle de três fatores: o colesterol, o fumo e a pressão arterial. Este extraordinário resultado é a conseqüência de muitos e acurados estudos a respeito do homem.
No curso dos últimos 40 anos em Framingham, no Massachussetts, milhares de indivíduos pertencentes a duas gerações foram estudados com atenção para individualizar os fatores responsáveis pela cardiopatia. O Framingham Heart Study revelou que se os níveis de colesterol permanecem aquém dos 150 (mg/dl) é extremamente improvável que se verifique um infarto do miocárdio. A cada ponto percentual a mais nos níveis do colesterol, corresponderia um aumento percentual de 2% de risco coronário, NdT. Outros estudos, como o do “Lipid Research Clinic´s Trial” e o “Multiple Risk Factor Intervention Trial” confirmaram a importância de manter controlados os níveis de colesterol.
O Dr. Dean Ornish, MD. da Universidade da Califórnia, São Francisco, demonstrou que se os pacientes afetos por cardiopatias graves adotarem uma dieta vegetariana pobre em gorduras, pararem de fumar, reduzirem os fatores de stress e diariamente passarem a desenvolver uma atividade física moderada, as placas de gorduras em suas artérias começam gradualmente a regredir.
Os by-pass e os transplantes de coração, mesmo se permanecem úteis para alguns pacientes, não substituem à eficiência das medidas higiênicas relativas à alimentação e outras modificações do estilo de vida, porque estes também estão sujeitos a se tornarem objeto de lesões arterioesclerotica agressivas se depois de implantados não forem adotados regimes dietéticos rígidos, higiene e exercícios físicos.
Seguramente, a melhor estratégia é aquela de decidir adotar estas providencias enquanto são, evitando assim de se tornar um enfermo para se ver obrigado a adotá-las para garantir uma discutível sobrevida.
Câncer – o Killer numero dois.
Em 1971 o presidente Nixon declarava a nova e agressiva “guerra ao câncer”. Não obstante todos os esforços, porem, a taxa de mortalidade relativa e esta doença continua crescendo.
Uma técnica padrão utilizada para a procura de novos fármacos contra os tumores, consiste na administração de substancias experimentais em ratos de laboratório com leucemia. Trata-se de um procedimento lento e custoso. Esta metodologia só permitiu o descobrimento de poucos agentes quimioterapicos eficazes, em relação a uma despesa de milhões de dólares e a morte de não menos de um milhão de animais por ano.
Uma nova metodologia desenvolvida pelos Dres. Michael Boyd, Robert Shoemaker e outros pesquisadores do National Câncer Institute, experimenta os fármacos objeto de estudo em células tumurais humanas isoladas.
A capacidade de uma substancia suprimir as células tumurais é testada no interior de um sistema automatizado, onde os dados são elaborados por um computador. Drogas já examinadas, e que poderiam ter sido descartadas com o sistema anterior, poderão tornar-se eficazes quando avaliadas com o novo método.
Contudo, ao invés de se esforçar, muitas vezes sem nenhum resultado, para procurar a cura de uma doença tumural, hoje existe um vasto leque de medidas que possuem grandes possibilidades de prevenir esta enfermidade.
Segundo as estimativas do National Cancer Institute, 80% dos casos de câncer poderiam ser prevenidos, porque 30% dos casos de tumores são causados pelo fumo, e como mínimo 35% é conseqüência de fatores alimentares.
Em 1982, o National Research Council, publicou um estudo chamado “Diet, Nutrition, and Cancer” - dieta, alimentação e câncer - que demonstrou que a dieta é o fator de risco independente mais importante na epidemiologia do cancer. Desde então, foram individualizados muitos fatores de risco alimentares específicos, implicados na gênese de vários tipos de câncer.
Os alimentos ricos de gorduras e os óleos aumentam o risco de câncer nos órgãos pertencentes ao sistema digestivo - cólon, reto etc. - e daqueles que são atingidos pelos hormônios sexuais como o seio e a próstata.
Contrariamente, os constituintes de alguns alimentos exercem proteção diante do câncer. As fibras alimentares, presentes principalmente nos cereais e nos legumes, ajudam na prevenção desta doença no cólon e no reto. As fibras, alem disso, demonstram que podem reduzir o risco de câncer na mama, provavelmente através da redução dos níveis de colesterol e hormônios sexuais. Outras vitaminas, ainda, demonstraram possuir atividades protetoras contra os tumores, como o beta-caroteno - a forma como a vitamina A é presente nas verduras e nas frutas de cor verde escuro e amarela, e as vitaminas C e E, além do Selênio, um oligoelemento.
Enquanto isso, uma medida fundamental para a prevenção do câncer de pele - tem uma taxa de crescimento muito alta - consiste em evitar prolongadas exposições à luz solar.
A prevenção é a luz no fim no túnel que as pessoas começam a percorrer quando se dão conta que para impedir a difusão desta enfermidade é necessário eliminar os fatores de risco.
Percentuais estimados de casos de cancer devido a fatores de risco específicos
Dieta 35/60,0%
Fumo 30,0%
Álcool 3,0%
Radiação 3,0%
Poluição ambiental 1,5%
Fármacos 2,0%
Ictus cerebral – Killer numero três.
No Ictus, uma parte do cérebro é destruída com conseqüente paralisia motora, perda da função sensitiva e freqüentemente à morte. Estudos clínicos e epidemiológicos, individualizaram as causas do Ictus a as medidas de prevenção cabíveis. Aparece já claramente que os mesmos fatores de risco da cardiopatia isquêmica e hipertensão - devido a níveis hematicos de colesterol e fumo – podem também ser à causa do Ictus cerebral. O Ictus, desse modo, pode ser prevenido controlando estes fatores.
Fonte: Physicians Committee for Responsible Medicine – Washington, D.C. 20016

A vocação da UTI é salvar vidas, mas nela o risco de infecção grave é maior. - O paciente internado na unidade de terapia intensiva de um bom hospital dispõe dos recursos mais avançados da medicina.
Entre tubos, eletrodos, cateteres, sondas e agulhas, um doente pode estar ligado a até dez dispositivos simultaneamente – além de ter à sua volta profissionais que acompanham o funcionamento do seu organismo 24 horas por dia. Todos esses cuidados, no entanto, guardam um paradoxo: a internação numa UTI aumenta de forma significativa os riscos de infecções graves.
O problema ocorre porque os cateteres, agulhas e outros aparatos deixam os pacientes, em geral muito debilitados, mais expostos ao ambiente externo – e, conseqüentemente, mais suscetíveis à contaminação.
Outro fator que potencializa o perigo é o uso indiscriminado de antibióticos extremamente potentes, mesmo antes de ser obtido um diagnostico preciso de qual é o tipo de infecção. Como os médicos não dispõem de tempo para esperar o resultado dos exames que confirmem de que caso se trata, eles recorrem a antibióticos inespecificos – o que aumenta a probabilidade de uma bactéria ou fungo tornar-se resistente ao medicamento. Ao cobrirem um amplo espectro, esses antibióticos podem matar determinados agentes patogênicos, ao mesmo tempo em que selecionam outro.
Das infecções, a que mais preocupa os médicos intensivistas é a sepse grave, vulgarmente conhecida como septicemia ou infecção generalizada. De cada dez pessoas que chegam à UTI, uma pode contraí-la. No Brasil esse numero traduz-se em 130.000 pessoas a cada ano. Cerca de 60% delas morrem em decorrência da doença.
“A fragilidade desses pacientes e a gravidade de suas doenças originais, fazem com que os riscos de uma sepse sejam realmente muito grandes”, diz o medico Ederlon Rezende, diretor da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
Fonte: revista Veja de 13 de Julho 2005

Enquanto nos EUA a cada seis minutos morre uma pessoa em decorrência de infecção hospitalar, a realidade brasileira não e diferente: cerca de 45 mil óbitos ocorrem anualmente. Isto significa aproximadamente 12 milhões de internações hospitalares e um gasto extra de R$.10 bilhões por anos, segundo dados do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
A alarmante estatística levou o Institute for Healthcare Improvment, órgão americano de fomento a melhoria da qualidade em saúde, e a Joint Commission International, representada no Brasil pelo Consorcio Brasileiro de Acreditação (CBA), a realizarem campanha mundial para salvar 100 mil vidas, que será apresentada no Seminário Nacional de Acreditação – Prevenção e Controle de infecções, a ser realizada no dia 04/08, no Centro de Convenções do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
A campanha é baseada na modificação dos processos de prevenção e controle das infecções hospitalares. Na opinião do medico e avaliador do CBA, Paulo Neno, “cabe a nos gerarmos ambientes seguros para os nossos pacientes, familiares, funcionários e colaboradores”, revela o medico brasileiro.
Para se ter idéia da gravidade do problema, a infecção hospitalar é a principal causadora de morte em pacientes internados nos Estados Unidos. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que 13 a 15% dos pacientes internados adquirem algum tipo de infecção durante a hospitalização, o que pode levar a morte (...)
Nos últimos anos a assistência à saúde tem sofrido alterações no Brasil e no mundo. Os hospitais, antes considerados centros assistenciais para o tratamento de doenças, acusaram redução no numero de atendimentos face ao aumento do numero de atendimentos ambulatoriais e de serviços de assistência domiciliar. Vários fatores explicam essa mudança: a humanização da assistência, a desmistificação do hospital como único centro de tratamento de doenças e o alto custo vinculado à admissão hospitalar.
“Optar por um modelo assistencial alternativo que reduza o tempo de internação do paciente no hospital é sem duvida um sonho entre os profissionais de controle de infecção. Hoje os custos relacionados e a própria ocorrência de infecções são considerados indicadores de má qualidade no cuidado prestado aos pacientes”, define Heleno Costa Junior, do CBA, órgão responsável pelo processo de acreditação de diversos hospitais brasileiros, entre eles o Albert Einstein (SP), Hospital do Coração (SP), Sírio Libanês (SP) e Copa D´Or (RJ).
Para Heleno Junior, a não abordagem do tema durante a graduação, o numero insuficiente de profissionais nos serviços de saúde e o precário atendimento nas redes de saúde refletem as altas taxas de infecções hospitalares no Brasil (de 13% a 15%). “E embora dentro dos níveis aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que são de 9% a 20%, o Brasil ainda precisa de investimentos em educação e em saúde publica. Na Europa, por exemplo, os índices variam de 3,5% na Alemanha a 10,1% na Suíça”, assegura Heleno.
Pesquisa do Ministério da Saúde apontou que os maiores índices de pacientes com infecção foram obtidos em hospitais públicos = 18,4%, e os menores em hospitais privados sem fins lucrativos = 10%.
As regiões mais afetadas são: sudeste = 16,4%, nordeste = 13,1%, norte = 11,5%, e centro-oeste = 7,2%.
Fonte: Yahoo Noticias, 19 de julho 2006

Nas duas ultimas reportagens se falou em mortes causadas por infecções hospitalares, entretanto, está é só uma das faces, porque os riscos de perder a vida sofrem ampliações devido à imperícia medica.
No Brasil, que não é um país rico em estatísticas, de maneira especial daquelas que não lhe são favoráveis, as reportagens limitam-se a indicar os decessos causados pelas infecções hospitalares, mesmo se nos últimos anos são muitas as associações que afirmam que as mortes por erro medico estão em assustadora ascensão.
Deste modo, como não existem estatísticas que apontem os óbitos provocados pela imperícia medica, para criarmos um cenário aproximado dos riscos que tangenciam quem fica doente porque não acredita nos métodos preventivos, ou simplesmente julga que estes são muito trabalhosos, vamos recorrer às estatísticas oficiais de países como a Itália, Portugal e os Estados Unidos da América.

Na Itália, são 90 por dia as mortes causadas pela pratica da má medicina. Pesquisas de anestesistas e de jornais especializados, demonstram que 50% das mortes que acontecem poderiam ser evitadas.
Roma – Os erros da medicina causam mais vitimas do que os acidentes de transito, do enfarte e de muitos tumores. Estima-se que quase 90 mortes diárias sejam causadas por erro medico, uso errado de fármacos, dosagens erradas e “cochilos” cirúrgicos.
Estes números, segundo a associação dos anestesistas, seriam 15 mil anualmente, e segundo a “assinform” - editor de revistas especializadas no setor de risco medico - seriam 50 mil. Além destes óbitos, 320 mil pessoas, anualmente, são prejudicadas pela medicina, e isso representa um custo equivalente a 1% do PIB, ou seja, 10 bilhões de Euros.
Esta situação deverá ser discutidas entre expert, médicos, representantes de instituições e pacientes durante a primeira “Consensus Conference sul Risk Management in Sanitá”, no dia 23 de setembro na sede da “Guardia di Finanza de Ostia” em Roma. O objetivo é constituir o “observatório” dos riscos sanitários e a database nacional dos erros médicos.
As indagações a respeito das intervenções de contenção dos riscos da saúde, afirma Cesare Cursi, subsecretario da saúde, ao longo da apresentação desta iniciativa – devem ser de interesse de todas as áreas nas quais o “erro” pode ser cometido ao longo do percurso clinico: diagnostico, cura e assistência ao paciente.
Um primeiro relatório a respeito dos erros que são cometidos nos hospitais foi realizado pela Comissão Técnica Sobre Risco Clinico, instituída pelo Ministério da Saúde. Este indica que o maior numero de erros é cometido nas salas cirúrgicas:
Salas cirúrgicas, 32%;
Seções de indigência, 28%;
Departamentos de urgências, 22%;
Laboratórios 18%.
Enquanto que as quatro especializações de maior risco são:
· Ortopedia e traumatologia, 16,5%;
· Oncologia, 13%;
· Obstetrícia e ginecologia, 10,8%;
· Cirurgia geral 10,6%.
As causas pendentes nos tribunais, relativas aos enfrentamentos medico/paciente, estão entre 12 a 15 mil por ano, nas quais cerca se 2/3 dos sanitaristas acabam sendo absolvidos. A demanda de ressarcimento por danos, segundo dados da Ania, a Associação que representa as empresas de seguro, soma 2.4 bilhões de Euros por ano.
Infelizmente, o índice de risco na medicina jamais será zero, explica o ministro da saúde, mas com o nosso empenho deve ficar próximo de zero.
Fonte: Jornal “Corriere della Sera” do dia 17 de setembro 2004

Nos Estados Unidos cerca de 195 mil pessoas podem estar morrendo anualmente nos hospitais por causa de erros médicos facilmente evitáveis, disse uma empresa de consultoria na terça feira, ao apresentar um resultado que dobra as cifras anteriores.
A HealthGrades, do Colorado, disse ter dados relativos a todos os 50 estados dos EUA, inclusive mais atualizados daqueles que serviram de base para um estudo de 1999 do Instituto de Medicina, que atribuía 98 mil mortes anuais a erros médicos.
“O estudo da HealthGrades mostra que o relatório do Instituto de Medicina pode ter subestimado o numero de mortes provocadas por erro medico e, alem do mais – indica - que há poucas evidencias de que a segurança dos pacientes tenha melhorado nos últimos cinco anos”, disse Samantha Collier, vice-Presidente da empresa para assuntos médicos.
A companhia classifica hospitais com base em vários critérios e transmite essas informações a planos de saúde e seguradoras. Ela disse que seus funcionários examinaram três anos de dados da saúde publica em todos os estados e na Capital, Washington.
“Esta população do Medicare“ (sistema de saúde dos EUA), representa aproximadamente 45% de todas as internações hospitalares - excluindo pacientes de obstetrícia - nos EUA, entre 2000 e 2002, disse a empresa em nota à imprensa.
Entre os graves erros identificados pela HealthGrades, estão as falhas no resgate de pacientes em estado grave, e infecções em pacientes que não representavam risco de morte. A pesquisa do Instituto de Medicina não incluía estes dois aspectos.
O estudo aponta 1,14 milhão de incidentes relativos à segurança dos pacientes entre 37 milhões de internações no período. “Do total de 323.993 mortes entre os pacientes do Medicare, nesses anos que envolveram um ou mais incidentes de segurança, 263.864, ou 81%, destas mortes, foram diretamente atribuídas aos incidentes” disse o texto. “Em cada quatro pacientes do Medicare que foram hospitalizados entre 2000 e 2002 e tiveram um incidente, um morreu”.
O governo dos EUA diz que pretende obrigar os hospitais e clinicas a manterem bancos de dados eletrônicos, inclusive com registro das prescrições medicas. O Instituto de Medicina disse que muitas mortes provocadas por erros médicos envolveram falhas na prescrição e administração de medicamentos.
“Se a lista anual das principais causas de morte elaboradas pelos Centros para Controle de Doenças e Prevenção incluísse os erros médicos, esse índice assumiria a sexta posição à frente do diabete, da pneumonia, do mal de Alzheimer e das enfermidades renais”, disse Collier.
Fonte: Washingtos (Reuters) – Yahoo Noticias, terça feira 27 de julho 2004

Em Portugal todos os anos morrem nos hospitais três mil pessoas devido a erros cometidos pelos profissionais de saúde. Quarenta e cinco por cento ocorrem durante as cirurgias e de 20 a 30 por cento são devidos a falhas na prescrição de medicamentos. A estimativa é feita por Luís Martins e José Fragata, autores de um livro sobre erro médico que será lançado este mês, e que ontem foi noticiado pelo Expresso.
Tal como já havia explicado Luís Martins ao DN, «esta estimativa parte de estudos conduzidos nos EUA» adaptando-os à realidade nacional. Porém, o levantamento exaustivo deste fenômeno está ainda para ser feito neste País.
Para este professor do ISCTE, «o erro médico é a ponta do iceberg de uma gestão hospitalar desadequada», e pode ser minimizado ao aperfeiçoar-se a organização das unidades de saúde.
O bastonário da Ordem dos Médicos, sublinha que o erro médico é diferente da negligência, e muito mais freqüente, concordando que este é «muitas vezes conseqüência da própria estrutura organizacional» das instituições. Por isso, considera que devia haver uma responsabilidade partilhada com os conselhos de administração. Apesar de sublinhar que «o ideal é não haver erro nenhum», Germano de Sousa considera que três mil casos por ano não é um número elevado, comparando com a realidade internacional.«O organismo humano não é uma máquina, não se pode prever com exatidão o resultado do que se faz», afirma. Além disso, trata-se de uma profissão de risco. «Os médicos estão sujeitos a situações de grande pressão, sendo obrigados a tomar decisões de urgência que mais tarde podem vir a revelar-se erradas. São erros aceitáveis e nada têm a ver com negligência, que se aplica apenas aos casos em que um médico não atua da melhor forma, por incompetência ou desleixo», defende. Por isso, Germano de Sousa diz que, independentemente de se encontrar culpados, quando estes existem, há uma responsabilidade que deve ser assumida pela instituição de saúde e não apenas pelo médico, havendo já diretivas comunitárias que o prevêem.
Recorde-se que, em 2002, a Inspeção-Geral de Saúde investigou 348 casos por negligência. Destes, foram aplicadas 47 penas, 23 a médicos e 24 a enfermeiros.
Fonte: Diário de Noticias de 7 de novembro 2004

Na Europa, segundo o relatório que a Pfizer Corporation apresentou em Bruxelas no dia 25 de junho de 2003, devido às doenças relacionadas à má alimentação, fumo, álcool etc, além do sedentarismo, a expectativa média de vida é de 78,20 anos, enquanto que à da saúde é de 69,83 anos. Estes dados indicam que mediamente o europeu vive os últimos 8,37 anos de sua vida com a saúde precária.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, segundo informes divulgados em fins de 2005, diz que em 2004, a esperança de vida ao nascer – expectativa de vida – alcançou 71.7 anos, com acréscimo de 0,4 anos (4 meses e 24 dias) em relação a 2003.
De acordo com suas informações, no ranking de expectativa, o Distrito Federal ocupa o primeiro lugar com esperança de 74,6 anos, e Alagoas, o ultimo, com esperança de 65.5 anos. Segundo ele, este acréscimo de 0,4 anos se deve à “relativa melhoria” no acesso aos serviços de saúde, campanhas nacionais de vacinação, aumento do nível de escolaridade da população e investimento na estrutura de saneamento básico, entre outros.
No entanto, como o IBGE não calcula a expectativa de saúde, o brasileiro não pode medir, como fazem os europeus, quantos anos no fim da sua vida mediamente deverá sofrer se não adotar as medidas preventivas cabíveis. Não existindo esta informação – que na melhor das hipóteses pode ser semelhante a dos europeus - torna-se imprescindível ajuizar o que cada um está fazendo não só para ampliar a expectativa de vida, mas para garantir que toda ela seja vivida com boa saúde.
Sem duvida, estamos de pleno acordo com a ciência quando esta diz que idade avançada, por si só, não é sinônimo de decrepitude.
Destarte, vamos deixar para os preguiçosos, aqueles que dizem; “não tenho tempo para investir na saúde”, ou “è muito cansativo correr todos os dias” que as enfermidades que com certeza virão a sofrer, exerçam a pressão adequada para que “este tempo que dizem não ter” seja encontrado, uma vez que, “enquanto hospitalizados”, poderão relaxar lendo, entre outros, o livro “Memórias de Minhas Putas Tristes” do escritor colombiano Gabriel Garcia Marques, que em um dos seus trechos diz:
“idade não é a que a gente tem, é à que a gente sente”, mas isso não quer dizer sentir-se bem. “Me acostumei”, diz o protagonista, “a despertar cada dia com uma dor diferente que ia mudando de lugar e forma, à medida que passavam os anos. Ás vezes parecia uma garrotada da morte que no dia seguinte se esfumava”.
Se a idade não é a que a gente tem, mas à que a gente sente, então para que esperar? Vamos assumir de imediato as medidas cabíveis para nos sentirmos sempre jovens e sadios, independentemente da idade que tivermos.

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